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Arte Sacra

Testemunho visual da fé

O Sentido da Arte Sacra

História

A Importância das Artes Sacras nas Igrejas

O Sentido da Arte Sacra

A Igreja sempre entendeu e ensinou que as artes, mas sobretudo a arte sacra, têm em vista, “por natureza, exprimir de alguma forma nas obras humanas a beleza infinita de Deus e procuram aumentar seu louvor e sua glória na medida em que não tiverem outro propósito senão o de contribuir poderosamente para encaminhar os corações humanos a Deus” (Concílio Vaticano II: SC nº 122). Sem dúvida, o homem exprime também a verdade de sua relação com Deus pela beleza de suas obras artísticas. O Papa São João Paulo II assim escreveu: “O artista vive numa relação peculiar com a beleza. Pode-se dizer, com profunda verdade, que a beleza é a vocação a que o Criador o chamou com o dom do “talento artístico”. E também este é, certamente, um talento que, na linha da parábola evangélica dos talentos (Mateus 25,14-30), se deve pôr a render. Tocamos aqui um ponto essencial. Quem tiver notado em si mesmo esta espécie de centelha divina que é a vocação artística (de poeta, escritor, pintor, escultor, arquiteto, músico, ator...), adverte ao mesmo tempo a obrigação de não desperdiçar este talento, mas de o desenvolver para colocá-lo ao serviço do próximo e de toda a humanidade” (“Carta aos Artistas” nº 3, de 4 de abril de 1999).

No século VIII, São João Damasceno explicava assim: “A beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus”. Com seus escritos, São João Damasceno defendeu a Igreja contra os iconoclastas, que condenavam o uso de imagens na Igreja. Os iconoclastas consideravam a veneração das imagens sacras como um retorno à idolatria pagã. Contra a heresia iconoclasta, a Igreja se pronunciou solenemente no II Concílio de Nicéia realizado no ano 787. Este concílio reafirmou a tradicional distinção católica entre a verdadeira adoração, que é devida somente a Deus, e a veneração respeitosa ou prosternação de honra, que é prestada aos ícones (imagens), porque “a honra prestada a uma imagem se dirige ao modelo original” (São Basílio) e “quem venera uma imagem venera a pessoa que nela está pintada” (Concílio de Trento, XXV sessão). No século VI, o Papa São Gregório Magno já havia insistido no caráter didático das pinturas nas igrejas, úteis para que os analfabetos, ao contemplá-las, possam ler, pelo menos nas paredes, aquilo que não são capazes de ler nos livros. No século XIII, Santo Tomás de Aquino reafirmou que as imagens nos conduzem ao Deus encarnado: “Ora, o movimento que dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem” (explicou o Doutor da Igreja).

Assim, a Igreja Católica definiu e determinou: “As veneráveis e santas imagens, bem como a representação da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos” (II Concílio de Nicéia, ano 787).

Sabemos que nem todos são chamados a ser artistas, no sentido específico do termo. Mas, “segundo a expressão do Gênesis, todo o homem recebeu a tarefa de ser artífice da própria vida: de certa forma, deve fazer dela uma obra de arte, uma obra-prima”. (Papa São João Paulo II: “Carta aos Artistas” nº 2, de 4 de abril de 1999).

História da Arte Sacra

No início, a arte sacra era caracterizada por sua simplicidade e rusticidade. As primeiras representações religiosas eram feitas em cavernas, paredes de igrejas e em objetos litúrgicos, utilizando técnicas rudimentares. Com o passar do tempo, a arte sacra evoluiu e se tornou mais elaborada, com a introdução de elementos decorativos, detalhes minuciosos e materiais mais nobres. A arte sacra foi influenciada por diversas correntes artísticas ao longo dos séculos. Durante a Idade Média, predominou o estilo gótico, com suas características arquitetônicas imponentes e esculturas detalhadas. No Renascimento, a arte sacra foi marcada pela busca da perfeição e pela representação realista dos temas religiosos. Já no período barroco, a arte sacra se destacou pela exuberância, pelo uso de cores vivas e pela intensidade emocional.Na era contemporânea, a arte sacra passou por um processo de renovação, com a introdução de novas técnicas e materiais, como a fotografia, a instalação e o vídeo.

Essa diversidade de estilos e tendências reflete a pluralidade da sociedade atual e a busca por novas formas de expressão religiosa. Ao longo dos séculos, os artistas sacros utilizaram uma variedade de técnicas e materiais para criar suas obras. Na Idade Média, predominavam a pintura em afresco, a escultura em pedra e madeira, e a técnica do vitral. No Renascimento, surgiram novas técnicas de pintura, como o óleo sobre tela, que permitiam maior precisão nos detalhes e um maior realismo nas representações. No período barroco, foram introduzidos materiais preciosos, como o ouro e a prata, para decorar altares e objetos litúrgicos. Já na era contemporânea, os artistas sacros passaram a explorar materiais não convencionais, como plástico, metal e vidro, buscando inovar e dialogar com as questões do mundo contemporâneo.

A arte sacra desempenha um papel fundamental na devoção religiosa. Ela é capaz de despertar emoções, criar um ambiente propício para a oração e ajudar os fiéis a se conectarem com o divino. As imagens e os objetos sacros são considerados mediadores entre o humano e o divino, facilitando a comunicação com Deus. Além disso, a arte sacra também tem uma função educativa, pois através das representações artísticas, os fiéis podem aprender sobre a história da fé, os ensinamentos religiosos e os exemplos de santidade. Dessa forma, a arte sacra contribui para a formação espiritual dos fiéis e para o fortalecimento da sua relação com Deus.

A Importância das Artes Sacras nas Igrejas

As artes religiosas são dirigidas para promover o louvor e a glória a Deus, guiando os pensamentos dos fiéis e agindo sobre seus sentidos. As obras criadas pela inspiração religiosa transmitem a fé e a piedade que convêm à majestade da casa de Deus. O artista que professa uma fé verdadeira edifica sua obra como um ato próprio de culto e religião, alimentado pelo amor de Deus e colocando seu talento a serviço da Igreja de Jesus Cristo. A obra que surge de um ato de fé inspira a fé.

Os evangelistas Mateus, Marcos e João relatam a história da mulher que despejou sobre Jesus Cristo um perfume caríssimo. Indignados, os que presenciaram a cena – havendo discípulos entre eles – começaram a criticar a mulher. Ora, o perfume despejado representava uma quantia muito alta! No Evangelho de Marcos, lemos o valor de trezentos denários, o que seria de muita ajuda aos pobres. A mulher é questionada:“A troco de que esse desperdício?” (Mt 26,8), e a resposta lhes é dada diretamente por Jesus:

“Ela, de fato, praticou uma boa ação” (Mt 26,10). Em verdade, as artes sacras são entendidas como obras de grande valor financeiro por aqueles que não se comprometem com a fé. Sem a devida devoção, enxergar tamanha beleza apenas com olhos, sem entregar-se de coração, faz com que muitos, ainda hoje, questionem as obras de alto valor. Seguindo a lição de Jesus Cristo, as artes sacras representam boas ações, dirigidas a inspirar a fé pelos sentidos humanos. São obras criadas pelas mãos de artistas inspirados por Deus. Tais obras, de fato, atingem um valor inestimável, mas que não podem ser diminuídas a algo simplesmente comercial. As artes sacras representam devoção e adoração a Deus. Não há entre a medida dos homens valor suficiente para alcançar a glória de Deus. Não há, portanto, um valor que faça justiça à fé que inspira as obras sagradas. Ao contemplar uma arte sacra, façamos com a devida devoção, sem nos deixar cegar pelos valores mundanos. Assim nos ensina o Catecismo da Igreja Católica: “A verdadeira arte sacra leva o homem à adoração, à oração e ao amor de Deus, Criador e Salvador, Santo e Santificador” (§2502).

Na Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, o Papa Paulo VI descreve a natureza da arte sacra e as alfaias litúrgicas: “Entre as mais nobres atividades do espírito humano estão, de pleno direito, as belas artes, e muito especialmente a arte religiosa e o seu mais alto cimo, que é a arte sacra. Elas tendem, por natureza, a exprimir, de algum modo, nas obras saídas das mãos do homem, a infinita beleza de Deus, e estarão mais orientadas para o louvor e glória de Deus, se não tiverem outro fim senão o de conduzir piamente e o mais eficazmente possível, por meio das suas obras, o espírito do homem até Deus”.

Ao apreciar uma arte sacra, busquemos a inspiração de fé e devoção que o artista dedicou ao serviço de Deus. Na admiração, encontramos a beleza nobre do espírito da arte sacra nas vestes, nos ornamentos e nos edifícios sagrados. A Igreja sempre cuidou para que as obras sagradas colaborassem para a dignidade e a beleza do culto, pela seleção das artes honrosas que representam verdadeiro sinal e símbolo de fé. Nessa honra e beleza, inspiramos nosso culto a Deus, dedicando toda honra e toda a glória, agora e para sempre.

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